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quarta-feira, janeiro 04, 2006

Ejaculação precoce

Os sexólogos definem «ejaculação precoce» como «um sério problema no controlo do tempo do orgasmo, que ocorre muito mais cedo que o desejado, produzindo um fim abrupto e insatisfatório». Cerca de 409 mil portugueses sofrem desta dificuldade. Em política, o conceito nunca terá sido aplicado. Menos em Portugal.
Faltam 20 dias para as eleições presidenciais e a campanha oficial ainda não começou. Mas depois da excitação inicial, o fulgor morreu um mês antes da ida às urnas, com a chegada do Natal e do Ano Novo. E a não ser que o parceiro mais forte da relação mude de ideias, dificilmente teremos mais dias «D» – de Debate.
A excitação mediática de candidatos e meios de comunicação trouxe 10 frente-a-frente precoces, sem grande possibilidade de repetição. Numa eleição que normalmente já fornece menos argumentos e motivações do que as legislativas, não surgem ideias novas. Até 22 de Janeiro, o país assistirá a preliminares políticas, com acesos e isolados ataques (sem conteúdo) aos adversários.

3 Comments:

Blogger Tunalhos said...

"Mas depois da excitação inicial, o fulgor morreu um mês antes da ida às urnas", pois, por isso mesmo é que acho que nem chegámos à "ejaculação".... de ideias. A propósito, os candidatos já não são propriamente "precoces", o que vai dar mesmo só para os portugueses sentirem umas cócegas...uns "preliminares" evasivos!
El Greco

1:21 da tarde  
Blogger NG said...

Eu também tenho dúvidas se houve "ejaculação". Mas a ter havido, terá sido algures entre os debates, que ocorreram a mais de um mês do final da relação.
Se calhar, é um problema de falta de potência.

2:21 da tarde  
Blogger António Raminhos said...

hahahahahh MUITO BOM Guedes Muller. Mas naturalmente com candidatos tão velhos é mesmo problema de falta de potência e a coisa já nem lá vai com uns viagras no orçamento da campanha.

6:20 da tarde  

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