De fugir
Não ganho mais de 60 mil euros. Gostava, mas não tenho esse prazer. Mas se os ganhasse, sentia-me roubado com a nova subida no IRS, que prevê que o Estado fique com 42 por cento deste valor – o anterior máximo de 40 por cento já era impressionante. Sei que a Constituição prevê a equidade fiscal, que os mais ricos devem ajudar os mais pobres e que o “imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdades” entre os portugueses. Para isso servem estes impostos que não cobram igual a quem tem um rendimento diferente. Mas deve ser terrível trabalhar e ver quase metade do fruto desse esforço (mais de cinco mil contos) ir para um Estado que, ainda por cima, gasta mal o dinheiro que recebe. Só resta uma solução: fugir aos impostos. Se pudesse, não resistia.
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