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terça-feira, maio 31, 2005

Aumentem o Zé!!!

Por falar em dinheiro, falemos de ordenados. Ou melhor, dos aumentos ou do desejo de ganhar sempre mais.
Gostava de ser patrão. Ter dinheiro e assim poder suficiente para decidir quanto é que uma pobre (ou rica, apesar de serem a minoria) alma leva para casa pelo trabalho de cada mês. Quanto é que o trabalho que ocupa a maior parte da sua vida merece em troca. Que carro poderá comprar, onde poderá morar, quantos filhos poderá ter, quantas vezes apanhará o avião para ir de férias... Ser uma espécie de pequeno Deus na Terra.
Tirando o Estado, em que os patrões (políticos e afins) não são donos do seu dinheiro, todos os chefes querem pagar o menos possível. A razão é a mesma que a dos empregados que querem ser aumentados: mais ganham no fim pelos lucros que sobram no fim do ano - os gestores ou administradores acabam por ter outras recompensas resultantes do melhor desempenho do seu trabalho que se mede pelos lucros.
E todos (patrões e empregados), acham que ganham mal. E querem sempre mais. Neste braço de ferro esgrimem-se argumentos, normalmente motivados pelo subalterno dependente do patrão ou de quem o representa, que tem o poder de decisão na mão. Exploradores ou explorados? Operários, trabalhadores ou funcionários? Patrões ou administrados? Quem merece ganhar mais?
Fica o apelo: aumentem todos os "zés" que conheço, pois - pelo menos num caso que conheço de perto - merecem.