Schumacher = Ferrari
Estou chateado. A chuva sem tréguas não tem nada a ver com o assunto. O motivo é tão fútil quanto isto: a retirada do Schumacher da Fórmula 1.
O Público de hoje chama-lhe a despedida do «mais odiado campeão de sempre». Nunca o vi como tal. Depois da morte de Ayrton Senna, numa altura em que os carros que atingem 300 km/h fascinavam pouca gente, e nunca tendo gostado particularmente de carros e motores, comecei a ver Fórmula 1. Ou melhor: o difícil regresso da Ferrari aos títulos, depois de duas décadas a ver carros não-vermelhos ganhar, numa espécie de Sporting das quatro rodas.
O alemão, ajudado pela nacionalidade, além de algumas atitudes menos desportivas em pista, era visto como um arrogante, sem escrúpulos, que tudo fazia para ganhar. Antes, tinha abandonado um carro (Benetton) que durante dois anos (1994 e 1995) o conduzira a vitórias, para guiar o mito italiano derrotado há décadas.
Sem carro para ganhar, durante quatro anos Schumacher perdeu. Mas dava luta, deixando-me pregado à televisão, mesmo a altas horas da madrugada, quando o campeonato se decidia do outro lado do Mundo.
As tardes e noites em frente à televisão mantiveram-se até um nascer do sol (em Lisboa) de 2000, quando finalmente a Ferrari, que para mim já era sinónimo de Schumacher, regressou aos títulos.
A partir daí, o interesse pela Fórmula 1 desceu. O desporto tornou-se monótono e as vitórias do carro vermelho passaram a ser a aborrecida mas simpática norma.
Depois de um regresso às derrotas no campeonato passado, este ano o alemão do carro vermelho voltou a lutar pelo título. De madrugada, voltei a acordar para ver carros darem dezenas de voltas a uma pista de alcatrão.
Um estranho motor rebentado estragou as contas para a corrida final da carreira. Ninguém é insubstituível, mas Ferrari e Schumacher deixarão de ser sinónimos. Dificilmente volto a ver Fórmula 1 com o mesmo interesse.
O Público de hoje chama-lhe a despedida do «mais odiado campeão de sempre». Nunca o vi como tal. Depois da morte de Ayrton Senna, numa altura em que os carros que atingem 300 km/h fascinavam pouca gente, e nunca tendo gostado particularmente de carros e motores, comecei a ver Fórmula 1. Ou melhor: o difícil regresso da Ferrari aos títulos, depois de duas décadas a ver carros não-vermelhos ganhar, numa espécie de Sporting das quatro rodas.
O alemão, ajudado pela nacionalidade, além de algumas atitudes menos desportivas em pista, era visto como um arrogante, sem escrúpulos, que tudo fazia para ganhar. Antes, tinha abandonado um carro (Benetton) que durante dois anos (1994 e 1995) o conduzira a vitórias, para guiar o mito italiano derrotado há décadas.
Sem carro para ganhar, durante quatro anos Schumacher perdeu. Mas dava luta, deixando-me pregado à televisão, mesmo a altas horas da madrugada, quando o campeonato se decidia do outro lado do Mundo.
As tardes e noites em frente à televisão mantiveram-se até um nascer do sol (em Lisboa) de 2000, quando finalmente a Ferrari, que para mim já era sinónimo de Schumacher, regressou aos títulos.
A partir daí, o interesse pela Fórmula 1 desceu. O desporto tornou-se monótono e as vitórias do carro vermelho passaram a ser a aborrecida mas simpática norma.
Depois de um regresso às derrotas no campeonato passado, este ano o alemão do carro vermelho voltou a lutar pelo título. De madrugada, voltei a acordar para ver carros darem dezenas de voltas a uma pista de alcatrão.
Um estranho motor rebentado estragou as contas para a corrida final da carreira. Ninguém é insubstituível, mas Ferrari e Schumacher deixarão de ser sinónimos. Dificilmente volto a ver Fórmula 1 com o mesmo interesse.
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