O Bloco e os números
O Bloco de Esquerda é pequeno. Já foi mais, mas ainda é insignificante na contabilidade partidária do parlamento, apesar dos oito deputados (em 230) que conseguiu ganhar nas eleições de 2005. Nada deixou de ser aprovado na Assembleia da República porque os bloquistas não quiseram.
Mas a política não são só números. Olhem para o Diário de Notícias de hoje: «BE avança com inquérito parlamentar ao 'Envelope 9'»; «BE diz que nem cardeal quer "lei horrenda"»; «BE quer que hospitais e centros de saúde sejam obrigados a afixar o tempo que cada utente terá de esperar por uma cirurgia, um internamento, uma consulta ou um exame». Um dia, três notícias.
O exemplo não é totalmente normal. A marcação da agenda mediática pelo pequeno Bloco de Esquerda não é incomum, desde 1999, quando o partido da estrela vermelha elegeu dois deputados e teve 2,44 por cento dos votos. Nenhum estudo o prova, mas a importância noticiosa dos bloquistas é bem maior do que os números fariam prever.
Falta a explicação do fenómeno. A primeira vira-se contra os jornalistas: a maioria são de esquerda e gostam das ideias do BE. A segunda salienta o trabalho do grupo parlamentar de um partido que faz algo que os outros não conseguem: ter um trabalho relevante com os seus deputados.
A resposta certa estará algures no meio.
Mas a política não são só números. Olhem para o Diário de Notícias de hoje: «BE avança com inquérito parlamentar ao 'Envelope 9'»; «BE diz que nem cardeal quer "lei horrenda"»; «BE quer que hospitais e centros de saúde sejam obrigados a afixar o tempo que cada utente terá de esperar por uma cirurgia, um internamento, uma consulta ou um exame». Um dia, três notícias.
O exemplo não é totalmente normal. A marcação da agenda mediática pelo pequeno Bloco de Esquerda não é incomum, desde 1999, quando o partido da estrela vermelha elegeu dois deputados e teve 2,44 por cento dos votos. Nenhum estudo o prova, mas a importância noticiosa dos bloquistas é bem maior do que os números fariam prever.
Falta a explicação do fenómeno. A primeira vira-se contra os jornalistas: a maioria são de esquerda e gostam das ideias do BE. A segunda salienta o trabalho do grupo parlamentar de um partido que faz algo que os outros não conseguem: ter um trabalho relevante com os seus deputados.
A resposta certa estará algures no meio.
3 Comments:
Continuamos com o possível mito de que os pequenos grupos trabalham mais do que os grandes. Gostava de ver uma estatística dos projectos apresentados nos últimos anos por cada grupo parlamentar.
Tu que és o homem das estatísticas elucida-nos.
ZP
Eu não defendi esse mito e até disse que a explicação para o fenómeno "mediatismo do BE" estaria algures no meio.
Mas neste caso, não é mito, apesar do tamanho não ser o único factor determinante. Podes confirmar aqui: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?div_id=291&id=709396
acho que as duas razoes que enumeras no ultimo parágrafo sao muito pertinentes.
Eu acrescentaria um terceiro factor de sucesso, que é o commitment e a paixao dos bloquistas, que fazem politica por convicção e nao por partidarismo ou ambição pessoal. Mas talvez este factor seja um motivo para o bom aproveitamento dos recursos que o Bloco faz, e nao um factor de sucesso per se.
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