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quinta-feira, outubro 25, 2007

Sou preto!

(negro, de cor ou como quiserem)

Um pediatra cubano negro a viver em Espanha recusou-se a mostrar o bilhete de comboio porque se sentiu discriminado. Por alguma razão, o revisor só o procurou a ele.
Não é a primeira vez que ouço queixas de discriminação ou, pelo menos - chamemos-lhe assim -, de um tratamento diferente. Há meses, um colega e outra colega (com um tom de pele mais escuro) queixavam-se de que por alguma razão (que deixavam entender entre dentes) a mulher que "guarda" o instituto onde estudo só lhes pedia identificação a eles.
Há pouco tempo, vim de férias. Como quem quer manter algo desses agradáveis dias presente, deixei a (pouca) barba (que tenho) manter-se na cara. Uns dizem que não fica mal. Outros criticam. Alguns chamam-me taliban.
Desta vez, fui eu o interpelado pela mulher do instituto onde estudo. E, por alguma razão, uma ida a Bairro Alto tornou-se um calvário com ainda mais pequenos traficantes a oferecerem-me todo o tipo de droga.
As centenas de pêlos que me pulvilham a cara têm efeitos. Não sei se bons ou maus, mas algo muda.

5 Comments:

Blogger Anette said...

É natural que sintas as diferenças. Quando apareceste na esplanada do campo Pequeno o meu primeiro impulso foi agarrar a mala.

4:05 da tarde  
Blogger NG said...

Mas não agarraste...
Terem medo de mim até pode ter as suas vantagens.

11:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Vcs é um perigoso jornalista!

5:16 da manhã  
Blogger NG said...

Perigoso?! Em que sentido?

11:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Deve ser no sentido de escreveres tão acertadamente...

6:22 da tarde  

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