Carta aberta a um comentador de futebol
Sete e meia da tarde - já noite. Pego na bicicleta e dou a volta da praxe. A Europa está gelada. Neva em meia-dúzia de distritos portugueses. Dez minutos depois, não sinto as mãos com o frio.
Pelo meio, passei pelo complexo desportivo da terra. A quarta visita num mês, para fazer a pergunta que a senhora da secretaria já deve ter ouvido centenas de vezes: "Quando é que a piscina abre?".
A meio de Setembro fui de férias. Quando voltei, estava convencido que tinha perdido um mês de braçadas e me arriscava a pagar uma nova inscrição (40 euros). No fim de Julho, quando fechou para férias - sim, a água também tem direito a essas regalias sociais -, garantiram-me que mês e meio depois estaria aberta. Não estava.
Pela terceira vez em cinco anos, a piscina do Monte-Abraão foi para obras. E apenas passaram pouco mais de 10 anos desde que foi inaugurada. A meio de Novembro estaria aberta de novo, garantiram-me.
Um mês depois, a data tinha sido adiada. Início de Dezembro era a nova previsão. Hoje, já não sabem dizer quando é que a piscina abre. "Talvez em Janeiro", segreda, timidamente, a senhora da recepção que me vê por ali regularmente há uma década.
No último mês e meio tenho feito quase tudo. Ando de bicicleta. Jogo à bola sempre que posso e a qualquer hora. E até já corro - desporto de que nunca gostei e que até começo a achar interessante.
Mas falta-me água, num tanque gigante cheio de cloro ou no mar. Já li umas coisas sobre o hábito diário do professor Marcelo de nadar numa praia do Estoril, mesmo no Inverno. E penso seriamente em fazer o mesmo. No entanto, acho que ia ter frio. Vi fatos de mergulho, mas não sei se me sentia bem dentro daquilo ou se não ia bater o dente à mesma.
Por isso, e se não quer que um dia destes visite o seu belo palácio-sede da Câmara na bela Vila de Sintra com uma metralhadora na mão, peço-lhe, Dr. ou Prof. - escolha o título que prefere - Fernando Seara: deixe de comentar futebol na TV ou nos jornais durante umas semanas e faça umas horas extra na piscina do Monte Abraão. Obrigado.
Pelo meio, passei pelo complexo desportivo da terra. A quarta visita num mês, para fazer a pergunta que a senhora da secretaria já deve ter ouvido centenas de vezes: "Quando é que a piscina abre?".
A meio de Setembro fui de férias. Quando voltei, estava convencido que tinha perdido um mês de braçadas e me arriscava a pagar uma nova inscrição (40 euros). No fim de Julho, quando fechou para férias - sim, a água também tem direito a essas regalias sociais -, garantiram-me que mês e meio depois estaria aberta. Não estava.
Pela terceira vez em cinco anos, a piscina do Monte-Abraão foi para obras. E apenas passaram pouco mais de 10 anos desde que foi inaugurada. A meio de Novembro estaria aberta de novo, garantiram-me.
Um mês depois, a data tinha sido adiada. Início de Dezembro era a nova previsão. Hoje, já não sabem dizer quando é que a piscina abre. "Talvez em Janeiro", segreda, timidamente, a senhora da recepção que me vê por ali regularmente há uma década.
No último mês e meio tenho feito quase tudo. Ando de bicicleta. Jogo à bola sempre que posso e a qualquer hora. E até já corro - desporto de que nunca gostei e que até começo a achar interessante.
Mas falta-me água, num tanque gigante cheio de cloro ou no mar. Já li umas coisas sobre o hábito diário do professor Marcelo de nadar numa praia do Estoril, mesmo no Inverno. E penso seriamente em fazer o mesmo. No entanto, acho que ia ter frio. Vi fatos de mergulho, mas não sei se me sentia bem dentro daquilo ou se não ia bater o dente à mesma.
Por isso, e se não quer que um dia destes visite o seu belo palácio-sede da Câmara na bela Vila de Sintra com uma metralhadora na mão, peço-lhe, Dr. ou Prof. - escolha o título que prefere - Fernando Seara: deixe de comentar futebol na TV ou nos jornais durante umas semanas e faça umas horas extra na piscina do Monte Abraão. Obrigado.
1 Comments:
lololol
Coitadinhooo!Eu imagino-te na tua bicicleta, pedala, pedala, pedala, todos os dias de olhar ansioso e o coração cheio de esperança à espera da piscina que nunca abre...
beijuuuuu sonsinho mór
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