Serviço público
Três da manhã. O sono é pouco. Zapping atrás de zapping. O comando pára: “Assembleia da República TV”. Mas não se vêem deputados. Em primeiro plano, o novo Presidente da República, pouco depois da tomada de posse, a dar apertos de mão a centenas, talvez milhares, de cidadãos anónimos ou não, numa fila interminável, com motivos ainda mais estranhos do que entre quem espera horas para comprar um bilhete para o futebol: receber a hóstia do novo chefe de Estado sob a forma do tipíco “passou bem”.
Mas os apertos de mão não são todos iguais. Uns são rápidos. Outros são demorados e acompanhados de um abraço com muitas (ou poucas) palmadas nas costas. Muitos são agitados. Alguns são lentos, demorados e acompanhados de umas palavras incompreensíveis para quem assiste de madrugada à tomada de posse (sem qualquer som) na estação de televisão do Parlamento.
Abençoada cerimónia em diferido. Os cumprimentos continuaram. Meia hora depois o sono chegou. Obrigado serviço público.
Mas os apertos de mão não são todos iguais. Uns são rápidos. Outros são demorados e acompanhados de um abraço com muitas (ou poucas) palmadas nas costas. Muitos são agitados. Alguns são lentos, demorados e acompanhados de umas palavras incompreensíveis para quem assiste de madrugada à tomada de posse (sem qualquer som) na estação de televisão do Parlamento.
Abençoada cerimónia em diferido. Os cumprimentos continuaram. Meia hora depois o sono chegou. Obrigado serviço público.
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