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quarta-feira, abril 12, 2006

Pânico, muito pânico

Pânico? Sinceramente, a palavra não me diz grande coisa e, à primeira vista, parece-me coisa de gaja – tipo histeria. Mesmo não sendo um super-homem, nunca pensei no assunto. Além de que pânicos mesmo, só terei um, que nunca revelarei aqui. Mas a Pipoca pediu que os enumerasse, em mais um desafio bloguístico, pelo que vou tentar, nem que seja descobrindo algumas coisas de que apenas tenha medo, receio ou simples vontade de nunca passar por elas.

1. Tenho medo de, à última da hora, perder toda a minha tese devido a um problema informático. Até porque conheço casos em que isso já aconteceu. O pânico do inconsciente funcionamento dos computadores é, aliás, uma das minhas maiores preocupações. Talvez tenha mesmo pânico de um dia ligar o PC e ver que perdi tudo o que tenho guardado. Mas não aprendo a fazer cópias de segurança...

2. Já dei a volta à Europa dentro deles, mas não gosto de comboios. Tentando não ser injusto para com as simpáticas carruagens que todos os dias me levam até Lisboa: não gosto de atravessar as linhas por onde eles andam. Tudo porque uma vez vi um tipo ser atropelado na velha estação de Queluz. Só me lembro da cara do gajo a virar-se e ver a locomotiva aproximar-se, tentando fugir desesperadamente para, rapidamente, desaparecer lá debaixo. Nunca soube se morreu ou ficou muito mal tratado.
Cheguei a ter outras experiências menos simpáticas com comboios, mas a segunda que mais me marcou foi com um cão, que não respondia aos insistente apitos do maquinista. Menos mal, lembro-me de um dia, com o meu avô, em que ajudei, no último segundo, um bêbado a sair da linha em frente à Torre de Belém.

3. Receio fazer uma manchete e ser desmentido categoricamente pelos factos. Estava louco, alienado do mundo: percebi tudo mal, as contas estavam erradas, as fontes mentiram-me e os papéis em que me tinha baseado desapareceram misteriosamente.

4. Detesto falar em público, perante uma plateia, mesmo que mínima. Terei pânico, eventualmente, se o "público" for muito. É das experiências mais terríveis porque já passei.

5. Tenho medo de chegar ao pé de uma pessoa muito doente, à beira da morte, e dizer: "Tudo bem?!". E o pior é que já me aconteceu. Dá vontade de enfiar a cabeça no buraco mais pequeno do mundo.

Como tenho de desafiar alguém para enumerar os seus pânicos, cá vai:
Zé Pedro, colega de blog
Leididi, do Blog do Desassossego
Koto, do Todos os Polacos
Cláudio, do Ventoinha
Ana, do Coisas que Tal

7 Comments:

Blogger NG said...

Era suposto responderes com um post... mas ok. Está bom.
O cancro também me faz alguma confusão, admito. E eu também não mereço morrer - nem envelhecer.

1:18 da tarde  
Blogger Leididi said...

Pânicos interessantes, sr Guedes. Mas a primeira frase, a do pânico ser coisa de gaja tipo histeria, era escusada. O menino de vez em quando tem uns laivoszinhos machistas que só me dão vontade de lhe bater.

10:00 da manhã  
Blogger NG said...

À vontade. Com todo o gosto.

Pronto, tens razão: não é coisa só de gaja... também pode ser de gays ;)

11:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este Guedes anda cá um engraçadinho... Olha lá meu caro, já estás a fazer alguma coisa (de trabalho, claro) ou continuas sem fazer nenhum (como eu)?

2:44 da tarde  
Blogger NG said...

Mais ou menos... Há quase um mês que estou a tentar fazer um trabalho, mas só daqui a umas semanas quando tiver a coisa mais adiantada é que posso dizer se consigo concluí-la. Para mais pormenores, aparece pelo messenger, que é possível que esteja online.

7:05 da tarde  
Blogger NG said...

Quanto ao engraçadinho: apenas acho que estou a ser realista... A palavra "pânico" remete-me, salvo excepções extremas (11 de Setembro, quedas de aviões ou Titanics...), e em circunstâncias normais, para pessoas histericas por coisas simples como baratas, ratos, gafanhotos, etc. E esses sintomas são, tipicamente, femininos (desculpa Zé).
Os medos são uma conversa bem diferente e esses todos nós temos no dia-a-dia.

7:11 da tarde  
Blogger NG said...

Não sei... temos que fazer o teste da régua.

11:00 da tarde  

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