A dança das sondagens
Cavaco Silva - 49%
Mário Soares - 32%
Jerónimo de Sousa - 11%
Francisco Louçã - 7%
É este o resultado da última sondagem da Universidade Católica para as presidenciais de Janeiro de 2006.
Cavaco parece ser o inevitável favorito na corrida por um quarto no Palácio de Belém. Um olhar mais profundo para os números parece, no entanto, revelar outra realidade: em conjunto, as três candidaturas da chamada "esquerda" política acumulam 50 por cento dos votos. Um número que pode sugerir uma reviravolta na segunda volta das eleições entre Cavaco e Soares, à semelhança do que aconteceu em 1986 entre Soares e Freitas do Amaral.
Pelo contrário, numa eventual segunda ida às urnas para eleger o novo Presidente da República, a mesma sondagem diz que Cavaco Silva teria 65 por cento dos votos, contra 36 por cento de Mário Soares. Ou seja, dos 18 por cento de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, Cavaco levaria 14 por cento... Soares ficava-se pelos 4 por cento.
Nesta estranha distribuição de votos, as explicações podem ser várias e surgir combinadas: a sondagem foi mal feita (dificilmente se acredita que Jerónimo de Sousa receba mais 3 ou 4 por cento do que o PCP nas últimas legislativas); Mário Soares seria punido pelo "povo de esquerda" por ser visto como o candidato do governo (possibilidade que Pedro Magalhães admite aqui) e pela avançada idade; ou, como defendo, para a grande maioria dos eleitores, a tradicional divisão entre esquerda e direita está cada vez mais desactualizada.
Mário Soares - 32%
Jerónimo de Sousa - 11%
Francisco Louçã - 7%
É este o resultado da última sondagem da Universidade Católica para as presidenciais de Janeiro de 2006.
Cavaco parece ser o inevitável favorito na corrida por um quarto no Palácio de Belém. Um olhar mais profundo para os números parece, no entanto, revelar outra realidade: em conjunto, as três candidaturas da chamada "esquerda" política acumulam 50 por cento dos votos. Um número que pode sugerir uma reviravolta na segunda volta das eleições entre Cavaco e Soares, à semelhança do que aconteceu em 1986 entre Soares e Freitas do Amaral.
Pelo contrário, numa eventual segunda ida às urnas para eleger o novo Presidente da República, a mesma sondagem diz que Cavaco Silva teria 65 por cento dos votos, contra 36 por cento de Mário Soares. Ou seja, dos 18 por cento de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, Cavaco levaria 14 por cento... Soares ficava-se pelos 4 por cento.
Nesta estranha distribuição de votos, as explicações podem ser várias e surgir combinadas: a sondagem foi mal feita (dificilmente se acredita que Jerónimo de Sousa receba mais 3 ou 4 por cento do que o PCP nas últimas legislativas); Mário Soares seria punido pelo "povo de esquerda" por ser visto como o candidato do governo (possibilidade que Pedro Magalhães admite aqui) e pela avançada idade; ou, como defendo, para a grande maioria dos eleitores, a tradicional divisão entre esquerda e direita está cada vez mais desactualizada.
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