Na tropa em Talin
Nunca fui a tropa. Apos um dia de inspeccao no quartel da Ajuda, com testes psicologicos estupidos e um exame medico que apenas serviu para me por de boxers num cubiculo com mais 20 gajos para depois me perguntarem se me sentia bem, chegaram a conclusao que tinha estudos a mais para cumprir o servico militar obrigatorio.
Quando era puto, ainda pensei em ir para a Marinha ou Forca Aerea. Mas acabou por ser na Estonia que tive a primeira experiencia militar.
Por norma, ha um tuga em cada parte do mundo. Em Talin, encontrei 200 portugueses e duas portuguesas. Ao chegar de barco, vindo de Helsinquia, saltou-me a atencao uns oito navios de guerra atracados no porto. De varios paises, entre eles um com a bandeira vermelha e verde.
Na madrugada seguinte, as 5 da manha, quando regressava ao quarto, comecei a ver grupos de portugueses nas ruas. Ao terceiro, perguntei se eram do barco. "Nao", foi a resposta: "Aquilo e um navio".
Em cinco minutos de conversa, com os olhos vermelhos da bebida, explicaram-me que andavam ha quase seis meses no mar, nos exercicios da Nato no Atlantico. Cabo Verde, Dinamarca, Noruega ou Polonia tinham sido algumas das ultimas paragens. O convite para almocar no navio surgiu de seguida e acabou por tirar-me as duvidas sobre se abandonava ou nao Talin de manha.
Depois de duas revistas com detector de metais pela tropa da Estonia que guardava os navios e de passar pelo meio de uma fragata alema, la consegui chegar ao barco tuga.
No bar do navio, tive a dificil tarefa de explicar que nao bebia alcool. A seguir, veio o almoco e uma visita guiadissima a maquina de guerra nacional, equipada com internet para toda a guarnicao e TV Cabo com todos os canais em qualquer parte do Mundo. A partir de ontem sei quanto custa um missil, como e a sala em que se planeia a guerra ou como e que o ar dentro de uma fragata continua respiravel mesmo num ataque nuclear.
A meio da tarde, comecou a segunda fase do meu primeiro dia de tropa: uma visita a cidade para beber e ver gajas. Depois da primeira cerveja - que ficou a meio -, perceberam que nao gostava mesmo daquilo. Mesmo assim, nao escapei a beber algo saido de uma garrafa qualquer local com o almirante que comanda a Nato no Atlantico e que, garantem-me, adora os portugueses e o vinho nacional.
Ao fim da noite, quando ia para o quarto, voltei a pensar em ir para a Marinha.
Quando era puto, ainda pensei em ir para a Marinha ou Forca Aerea. Mas acabou por ser na Estonia que tive a primeira experiencia militar.
Por norma, ha um tuga em cada parte do mundo. Em Talin, encontrei 200 portugueses e duas portuguesas. Ao chegar de barco, vindo de Helsinquia, saltou-me a atencao uns oito navios de guerra atracados no porto. De varios paises, entre eles um com a bandeira vermelha e verde.
Na madrugada seguinte, as 5 da manha, quando regressava ao quarto, comecei a ver grupos de portugueses nas ruas. Ao terceiro, perguntei se eram do barco. "Nao", foi a resposta: "Aquilo e um navio".
Em cinco minutos de conversa, com os olhos vermelhos da bebida, explicaram-me que andavam ha quase seis meses no mar, nos exercicios da Nato no Atlantico. Cabo Verde, Dinamarca, Noruega ou Polonia tinham sido algumas das ultimas paragens. O convite para almocar no navio surgiu de seguida e acabou por tirar-me as duvidas sobre se abandonava ou nao Talin de manha.
Depois de duas revistas com detector de metais pela tropa da Estonia que guardava os navios e de passar pelo meio de uma fragata alema, la consegui chegar ao barco tuga.
No bar do navio, tive a dificil tarefa de explicar que nao bebia alcool. A seguir, veio o almoco e uma visita guiadissima a maquina de guerra nacional, equipada com internet para toda a guarnicao e TV Cabo com todos os canais em qualquer parte do Mundo. A partir de ontem sei quanto custa um missil, como e a sala em que se planeia a guerra ou como e que o ar dentro de uma fragata continua respiravel mesmo num ataque nuclear.
A meio da tarde, comecou a segunda fase do meu primeiro dia de tropa: uma visita a cidade para beber e ver gajas. Depois da primeira cerveja - que ficou a meio -, perceberam que nao gostava mesmo daquilo. Mesmo assim, nao escapei a beber algo saido de uma garrafa qualquer local com o almirante que comanda a Nato no Atlantico e que, garantem-me, adora os portugueses e o vinho nacional.
Ao fim da noite, quando ia para o quarto, voltei a pensar em ir para a Marinha.
5 Comments:
Bem, ó sargento Guedes, eu vou comprar o teu livro. amanhã ligo para a fnac a encomendá-lo :)
um abraço e vê lá se ainda passas pela eslovénia e pela croácia.
Antunes, temos pena, mas fui lá e comprei o último exemplar! Vais ter que esperar pela 17ª edição ;)
Grande Guedes, força aí nas crónicas que eu vou fingir que nem tenho inveja nem nada!
Abraço
Meu deus shô Guedes que o senhor está em grande!!Grandes histórias que terá para contar!
A Marinha parece-me bem até porque como és licenciado não terás d efazer aqueles exercícios físicos assustadores!E diz que a reforma é boa!
Não te esqueças da minha prenda :p
Ah, grande Guedes! Estou como o Cláudio, vou fingir que não estou roída de inveja.
Mas...olha lá, ó Nuno, estavas a contar que foste com os militares para as cervejas e para ver gajas, mas acabaste por só falar no destino que deste à cerveja (ficou a meio9...então e as gajas?!!
ó Oliveira, lá tás tu a querer saber tudo! :)
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