A verdadeira novela da vida real

O povo espera desenvolvimentos. O drama toma conta dos telejornais. O A+B=acriança desaparecida dos primeiros episódios deu lugar a uma história de contornos mais complexos em que o A-BxC+Y sobre tudo o que se pode imaginar não chega para explicar quase nada.
Há uma criança, membro do clube daquelas que são vistas como o melhor que o mundo pode ter, ainda por cima loura de olhos azuis e altamente fotogénica nas fotografias. Sexo e ainda por cima entre mais do que dois parceiros e com troca de casais pelo meio. Polícias e raptores. E até o cão, melhor amigo do homem, está presente, ao lado da inevitável ciência da bata branca e microscópio afiado.
Duas nações históricas opõem-se e/ou trabalham em conjunto. Os polícias maus convivem com os polícias bons e outros assim-assim.
O povo dá palpites e apupa ou aplaude os actores. Diz que não gosta da cara deste ou daquele e garante que o elemento Y é que nunca os enganou. Os experts polícias retirados/reformados/estrelas dão palpites nos jornais, televisões e rádios. Tudo serve para uma nova teoria da conspiração.


PS. Vou de férias. Não quero nem vou ver notícias e, sinceramente, não quero saber como será o fim da novela. Mas palpita-me (também uso disso) que como toda a boa novela se vai arrastar durante muito... muito tempo.