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quarta-feira, julho 30, 2008

Davids contra Golias: versão aves

O Sabor é um afluente do Douro, mais conhecido pela barragem que o governo quer ali construir, num rio que os ambientalistas afirmam ser o mais selvagem da Europa.
O rio é realmente selvagem. Com pouca água e sem navegação possível, só já perto da foz (no cruzamento com o Douro) é que a pequena canoa (caiaque) que cada vez melhor (mas ainda mal) remo passa a ser útil.
Ao longe, vejo um pequeno pássaro atrás de algo que me parece uma águia. Mais próximo, confirmo a suspeita, mas reparo que afinal são dois pequenos pássaros (amarelos) e três águias, que de minuto a minuto vão entrando no meio da folhagem de uma árvore à procura de algo que os primeiros não gostam.
Os pequenos pássaros dão luta. Com quedas doridas pelos ramos das árvores, as águias são repetidamente afastadas.
A batalha demora algum tempo. Sem vencedores conhecidos, ao por do Sol, parou.

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domingo, julho 20, 2008

O regresso da praia de Algés

Há muitos anos a praia de Algés foi uma praia chique. A Torre de Belém ficava para os pobres.
Assim me explicou um dia a minha avó. O relato refere-se há décadas e décadas atrás, quando as mulheres não usavam bikini e os homens usavam sempre bigode.
Com os anos, a água do Tejo ficou cada vez mais suja, os relatos de golfinhos desapareceram e tomar banho só em praias cada vez mais distantes de Lisboa.
Eu próprio, lembro-me mal, mas sei que tive as primeiras experiências de Verão na próxima praia de Caxias – a três estações de comboio de casa. Aos poucos, fui-me afastando: Santo Amaro de Oeiras, depois Estoril, mais tarde Costa da Caparica, onde hoje raramente ponho os pés.
Ontem fiz o percurso que vai de Carcavelos à ponte 25 de Abril e já esperava encontrar muita gente nas praias. Numa conjugação de água ligeiramente menos suja com uma crise económica visível em pequenos gestos do dia-a-dia, as areias próximas de Lisboa são cada vez mais frequentadas.
Em Algés sempre houve meia-dúzia de velhotes fieis aos hábitos antigos de ficar por ali no Verão a apanhar Sol e de vez em quando molhar os pés. Ontem, não faltava muito para a praia estar cheia.

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quinta-feira, julho 17, 2008

Vale dos Reis e das Rainhas




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quarta-feira, julho 16, 2008

Serviço público: pequenos pedaços de plástico

Desde que me lembro que tenho uma dúvida.
Uma dúvida que me assalta cada vez que vou à praia: "que raio de bolinhas de plástico são estas que encontro quase sempre na areia e que junto aos molhos como se fosse uma colecção sem sentido que rapidamente volto a deixar no sítio onde a encontrei?".

A resposta nunca chegou. Até ontem, num livro que relata como seria o Mundo se de um momento para o outro nós, humanos, morrêssemos todos (link por aqui).

Parece que as putas (desculpem a palavra, mas merecem) das bolinhas por norma deformadas de plástico existem por todo o lado e estão a pôr em causa os ecossistemas marinhos. Pior: se de um dia para o outro morrermos todos, as mesmas vão continuar no mar ou na praia, a apanhar sol, durante milhões de anos.

Acho que fiquei com a curiosidade satisfeita.

terça-feira, julho 15, 2008

Luxor

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segunda-feira, julho 07, 2008

Cairo

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