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terça-feira, maio 31, 2005

Aumentem o Zé!!!

Por falar em dinheiro, falemos de ordenados. Ou melhor, dos aumentos ou do desejo de ganhar sempre mais.
Gostava de ser patrão. Ter dinheiro e assim poder suficiente para decidir quanto é que uma pobre (ou rica, apesar de serem a minoria) alma leva para casa pelo trabalho de cada mês. Quanto é que o trabalho que ocupa a maior parte da sua vida merece em troca. Que carro poderá comprar, onde poderá morar, quantos filhos poderá ter, quantas vezes apanhará o avião para ir de férias... Ser uma espécie de pequeno Deus na Terra.
Tirando o Estado, em que os patrões (políticos e afins) não são donos do seu dinheiro, todos os chefes querem pagar o menos possível. A razão é a mesma que a dos empregados que querem ser aumentados: mais ganham no fim pelos lucros que sobram no fim do ano - os gestores ou administradores acabam por ter outras recompensas resultantes do melhor desempenho do seu trabalho que se mede pelos lucros.
E todos (patrões e empregados), acham que ganham mal. E querem sempre mais. Neste braço de ferro esgrimem-se argumentos, normalmente motivados pelo subalterno dependente do patrão ou de quem o representa, que tem o poder de decisão na mão. Exploradores ou explorados? Operários, trabalhadores ou funcionários? Patrões ou administrados? Quem merece ganhar mais?
Fica o apelo: aumentem todos os "zés" que conheço, pois - pelo menos num caso que conheço de perto - merecem.

De fugir

Não ganho mais de 60 mil euros. Gostava, mas não tenho esse prazer. Mas se os ganhasse, sentia-me roubado com a nova subida no IRS, que prevê que o Estado fique com 42 por cento deste valor – o anterior máximo de 40 por cento já era impressionante. Sei que a Constituição prevê a equidade fiscal, que os mais ricos devem ajudar os mais pobres e que o “imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdades” entre os portugueses. Para isso servem estes impostos que não cobram igual a quem tem um rendimento diferente. Mas deve ser terrível trabalhar e ver quase metade do fruto desse esforço (mais de cinco mil contos) ir para um Estado que, ainda por cima, gasta mal o dinheiro que recebe. Só resta uma solução: fugir aos impostos. Se pudesse, não resistia.

Até os reformados

Admito. Gostemos ou não de José Sócrates, a verdade é que tem mostrado coragem nos últimos tempos.
É verdade que a estratégia de preparação dos portugueses para o aumento de impostos e corte de regalias foi magistralmente bem feita - silêncio que chegue até à palavra final dos técnicos (não políticos) que avaliaram o estado do Estado. E dramatização suficiente para depois anunciar exactamente o contrário do que se prometeu para ganhar votos.
Mas depois dos trabalhadores, empresários, fumadores, automobilistas e outros, o Governo resolveu, como dizia hoje a capa do Correio da Manhã, atacar os reformados.
Os velhos são como os mortos: nunca se atacam. Só se lhes dá (promete na maioria dos casos) direitos. E nenhum político se atreve a anunciar que lhes vai tirar dinheiro.
O aumento do IRS para os reformados só poderia mesmo ser anunciado com o trabalho prévio de dramatização do défice. Mas mesmo assim seria difícil algum político o implementar. O Governo teve coragem - com razão ou não, não sei. Falta saber se o futuro prevê mais medidas do género. Com outro partido ou primeiro-ministro no poder, o que não se diria desta e de outras mudanças anunciadas pelo novo Governo...

segunda-feira, maio 30, 2005

Queluz City

Aqui está uma boa razão para continuar a gostar de viver em Queluz. Uma festa africana de solidariedade (para recolher fundos pelas vítimas do vírus Marburg, em Angolana) na estação do Monte Abraão acabou no passado domingo numa batalha campal com a PSP, com bastonadas e tiros.
A PSP foi obrigada a enviar reforços para o local, quando cerca de cinco mil pessoas começaram a destruir o recinto da festa depois de a organização a ter interrompido por alguém ter atirado um copo de cerveja para o palco. A «ira» da população começou, e cinco mil pessoas começaram a atirar latas, garrafas, e até pedras da calçada para o palco.
Os reforços da polícia foram recebidos à pedrada e com tiros de pistola. Seis pessoas ficaram feridas.


(As citações são do Correio da Manhã)

terça-feira, maio 17, 2005

Não tens vergonha de fotografar as senhoras nessas poses?