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sexta-feira, janeiro 25, 2008

Apetece-me arriscar. Literalmente, deixar tudo o que consegui e tenho hoje como certo para trás e partir. Enfrentar de caras um novo desafio, arriscado e, acima de tudo, interessante. Ver mundo, abrir horizontes além deste rectângulo, tentar algo completamente novo. Acho que não é este ano que o vou fazer... mas não perco a esperança de ter coragem.

sábado, janeiro 05, 2008

(4)

O cansaço estava lá, mas o sono não chegava. Fechava os olhos, mas o "off" total de quem dorme, em que a ´máquina` desliga e durante umas horas não parece estar cá (neste mundo), estava longe.
Abria e voltava a fechar os olhos. Mudava de posição e procurava esconder o frio, que as portas, paredes ou janelas de casa travaram até aí em todas as noites da sua vida. Sem lençóis ou cobertores a tapá-lo, o vento entrava por todos os lados. Tinha sono, mas o vento fraco e imperceptível para o homem comum entrava-lhe pelas mangas e gola da camisa. Nas calças, o frio chegava por baixo. As meias eram longas, mas pouco para quem se deita no meio do nada.
Sem relógio para contar, passou muito tempo assim: sem sucesso, a esconder-se do frio e tentar dormir.
Pela cabeça passava-lhe tudo... e continuou a passar.
Sem o esperar, e como nas noites em que andava às voltas na cama com preocupações estúpidas do dia-a-dia, o cérebro ´desligou`. Finalmente, dormiu, mas por pouco tempo.